Viajar com um pet é uma experiência enriquecedora, mas quando se trata de uma viagem internacional, é necessário estar atento às exigências e regras para que tudo ocorra de forma tranquila. Se o seu destino é a Europa, é importante saber que existem algumas obrigações que devem ser cumpridas antes do embarque.
Mas não precisa se preocupar, neste texto vamos explicar passo a passo como levar o seu animalzinho para o continente europeu, sem dor de cabeça e sem riscos de ele ser barrado na imigração 😊
Quais são as regras para levar meu cachorro ou gato para a Europa?
Para viajar com o seu pet para a Europa, você precisa cumprir algumas exigências sanitárias e documentais, que variam conforme o país de destino. De modo geral, as regras são as seguintes:

Passo 01 – Microchip
O primeiro passo é implantar um microchip no seu pet, que deve atender ao padrão ISO 11784 e ISO 11785. Esse microchip contém um código que identifica o seu animal e permite o acesso aos seus dados e aos do proprietário.
O microchip deve ser aplicado por um médico veterinário de confiança, que deve datar, assinar e carimbar o procedimento na carteira de vacinação do pet.
Atenção: o microchip deve ser aplicado antes da vacinação antirrábica, pois é ele que comprova a identidade do seu pet.

Passo 02 – Vacinação antirrábica
O segundo passo é vacinar o seu pet contra a raiva, uma doença grave e fatal que pode ser transmitida entre animais e humanos, sendo obrigatória para animais com mais de 12 semanas de idade.
A vacina deve estar dentro do prazo de validade e constar na carteira de vacinação do pet, com o selo da vacina, o nome do fabricante, o lote, a data de fabricação e a data de aplicação. Além disso, a carteira de vacinação deve ter o carimbo e a assinatura do médico veterinário responsável.
Atenção: para animais com menos de 12 semanas ou entre 12 e 16 semanas que ainda não completaram 21 dias desde a vacinação primária, é necessária uma autorização especial do país de destino.

Passo 03 – Sorologia antirrábica
O terceiro passo é realizar a sorologia antirrábica, que é um exame de sangue que verifica se o seu pet desenvolveu anticorpos suficientes contra a raiva após a vacinação.
A sorologia antirrábica deve ser realizada com uma amostra de sangue colhida pelo menos 30 dias após a data da vacinação e pelo menos 90 dias antes da viagem, e enviada para um laboratório credenciado pela União Europeia, que pode ser no Brasil ou em outro país da América. Ou seja, é preciso planejar com antecedência esse passo.
No caso da Europa, a sorologia será válida enquanto a vacinação contra a raiva do animal estiver em dia. Já para outros destinos, a sorologia não é vitalícia, então é muito importante estudar cada caso, inclusive as escalas.
Atenção: o resultado da sorologia antirrábica deve ser igual ou superior a 0,5 UI/ml para que o seu pet possa viajar para a Europa.

Passo 04 – Quarentena
Para animais de estimação que residem em países que ainda não estejam livre da doença da Raiva, tais como o Brasil, os mesmos devem passar por um período de quarentena de 90 dias, antes de obter o Certificado Veterinário Internacional (CVI).
Durante esse período, o animal poderá prosseguir com a sua vida normalmente, incluindo atividades como passeios, banhos e interação com outros animais, mas não é permitido que saia do Brasil.
A contagem dos 90 dias começa a partir do dia em que é coletada a Sorologia da Raiva e, a partir disso, pode-se dar início aos procedimentos para a obtenção dos demais documentos necessários. O animal deve permanecer em quarentena até que esse período seja cumprido integralmente.

Passo 05 – Atestado de saúde
O quarto passo é obter um atestado de saúde do seu pet emitido por um médico veterinário habilitado pelo Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV).
Esse atestado deve conter os dados do animal (nome, espécie, raça, sexo, cor e idade), os dados do proprietário (nome completo e endereço), os dados do microchip (número e data da aplicação), os dados da vacinação antirrábica (data da vacinação e validade), os dados da sorologia antirrábica (data da coleta de sangue e resultado), e uma declaração de que o animal está clinicamente saudável e apto para viajar.
Atenção: o atestado de saúde deve ter data máxima de 7 dias antes da entrada na União Europeia.

Passo 06 – Vermifugação
Alguns países europeus também podem exigir que seja realizada a vermifugação com o princípio ativo Praziquantel, ou um produto similar, e que seja eficaz contra a tênia Echinococcus multilocularis.
Portanto, é necessário submeter os animais a um tratamento contra parasitas em um período de até 5 dias antes da viagem para países como Inglaterra, Escócia, País de Gales, Irlanda, Finlândia e Malta.
No Atestado de Saúde, devem constar também os detalhes do produto, laboratório e princípios ativos utilizados no campo apropriado.

Passo 07 – Certificado Veterinário Internacional (CVI)
Para entrar na Europa, o animal precisará de um Certificado Veterinário Internacional (CVI), que é um documento emitido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) atestando que o animal cumpre todas as exigências sanitárias e documentais para a viagem.
O CVI (ou também “Certificado Zoossanitário Internacional (CZI)”, como era conhecido anteriormente), deve ser emitido pelo menos 05 dias antes da viagem e deve conter as informações sobre o animal, o proprietário, a microchipagem, a vacinação antirrábica, a sorologia antirrábica, a vermifugação e o atestado de saúde.

Passo 08 – Import Permit
Por fim, é importante verificar se o país de destino exige um Import Permit, que é um documento emitido pelas autoridades sanitárias do país de destino que autoriza a entrada do animal no país.
Esse documento é obrigatório para alguns países da União Europeia (Portugal, Suíça e outros) e deve ser solicitado com antecedência ao órgão responsável.
As regras e exigências para obtenção do Import Permit podem variar de acordo com o país de destino e a espécie animal, mas geralmente incluem a apresentação de documentos como o atestado de saúde, a carteira de vacinação, o resultado da sorologia antirrábica e o Certificado Veterinário Internacional (CVI).
Dica Bônus 🎁
É importante lembrar que o processo de levar um pet para a Europa pode ser um pouco demorado e burocrático, mas é fundamental para garantir o bem-estar do animal e evitar problemas na imigração, sendo essencial planejar com antecedência e buscar informações atualizadas para não ter nenhum imprevisto durante a viagem.
Além disso, contar com o suporte de uma empresa especializada no embarque de animais, como a Embarpet, pode fazer toda a diferença no momento de lidar com a extensa burocracia e os requisitos exigidos no embarque do seu companheiro, bem como também auxiliar no planejamento e elaboração da rota da viagem, na escolha da melhor companhia aérea, na emissão de documentos e todos demais cuidados necessários que o seu animal precisar.
Com essas dicas em mãos e cumprindo todas as exigências, seu pet estará pronto para viajar sem preocupações.
E se ainda estiver com dúvidas sobre como levar o seu animalzinho para a Europa, é só entrar em contato conosco! 😉🌍✈️